quinta-feira, 25 de julho de 2013

Podem suspender o tempo, mas o melhor seria suspender o carácter, ou a falta dele...SOBREVIVÊNCIA E DIGNIDADE!!!


Disfarçamos, olhamos para o lado, assobiamos para o ar. Nada se passa. E o tempo voa!!! Atracados a suspender, inertes nas acções, continua o lamaçal... O próprio Presidente da República decidiu convocar os partidos para suspenderem o tempo...
O que está em jogo é uma coisa muito simples, as eleições alemãs. Está toda a gente à espera de um milagre, que o tempo em Portugal se suspenda, o que significa que não se tomam decisões aborrecidas, enquanto, sorrateiro e desavisado, o tempo, na Alemanha, se precipita nos braços das eleições. Desse amplexo, esperam, suspensos, os portugueses que, rejubilante, a senhora Merkel fique com melhor feitio e se apiede de nós e abra uma fresta para renegociar a dívida e pôr em acção alguns mecanismos de coesão europeia, para evitar o colapso puro e simples dos países periféricos.
Não vejo outra alternativa à imensa desgraça que se avizinha. Anda toda a gente deserta para voltar à sua vidinha, aos negócios do costume. Por vidinha entendo não o Estado Social, mas as vaidades de primeiros-ministros e presidentes de câmara, as auto-estradas sem carros, os estádios de futebol vazios, o buraco sem fundo da Madeira, os negócios do BPN, a primazia dos bancos, as Parcerias Público-Privadas e os milhentos negócios que parasitaram o Estado e as autarquias, e mostraram a natureza das nossas elites política.                                                                                                                                                      Podem suspender o tempo, mas o melhor seria suspender o carácter, ou a falta dele.

Preocupante!!!...
A imprensa de hoje refere que pouco mais de 390 000 pessoas receberam prestações de desemprego em Junho o que corresponde a 41 % do total de desempregados segundo o último número do INE.
Até Junho de 2013, menos cerca de 69 000 pessoas recebiam o Rendimento Social de Inserção quando comparado com Junho de 2012. O número actual é de 271302 beneficiários.
Este cenário impressionante, que pode agravar-se com a anunciada reforma do Estado, isto é, cortes nas suas funções sociais, coloca uma terrível e angustiante questão. Os milhares, muitos, de pessoas envolvidas vão (sobre)viver de quê?