Foi a 16 de Outubro de 1982, que Adriano Correia de Oliveira partiu deste mundo, com apenas quarenta anos de idade. Para a posteridade ficou uma obra discográfica recheada de pérolas. Uma delas foi gravada em 1970 e versa um problema contundente, então como agora: a emigração.
Adriano partiu para um outro palco. Um palco do tamanho da sua ternura pelo seu país, pelo seu povo, pelos seus amigos...
Emigração nos anos 60...tal como agora, Deus meu!!!
"Este parte, Aquele parte E todos, todos se vão... Galiza, ficas sem homens Que possam cortar teu pão.
Tens em troca Órfãos e órfãs, Tens campos de solidão, Tens mães que não têm filhos, Filhos que não têm pais.
Coração Que tens e sofre Longas ausências mortais; Viúvas de vivos mortos Que ninguém consolará.
Este parte, Aquele parte E todos, todos se vão... Galiza, ficas sem homens Que possam cortar teu pão."
(Pergunto ao vento que passa notícias do meu país,o vento cala a desgraça,o vento nada me diz... ...ouço o vento a gritar por nós!)
As tempestades chegam e partem sem que demos por isso... são as nuances do tempo, ora suave ora agreste...
Já, o Outono! - Mas porque desejar um sol eterno, se partimos à descoberta da claridade divina - longe daqueles que florescem e morrem com as estações. Interroguei-me esta tarde de Inverno em Outubro, com tanta chuva e vento forte. Será mesmo, Outono?!...
(Há que não deixar embaciar a alma) in, "fiapos de ..."