domingo, 7 de julho de 2013

Palavra sem palavra.....


Não vi a comunicação de Passos Coelho ao País, tenho mais que fazer do que perder tempo com fantochadas
Confirma-se, portanto, que Paulo Portas voltou uma vez mais atrás, engoliu o que tinha comunicado ao País com pompa e circunstância, e agora até é capaz de achar que ganha alguma coisa em ficar vice-primeiro-ministro com responsabilidade pela economia, pela reforma de Estado e pelas conversas com a troika. Pensará ele... mas o País inteiro perdeu-lhe o respeito. Desculpa-se a primeira, tolera-se a segunda mas à terceira ou à quarta ou à quinta já não se aguenta. Como dizem os brasileiros: sujou.
                                                                       Palavra sem palavra
                                                                       Entrada altiva
                                                                       Revogada
                                                                       Palavra saída
                                                                       Pela mesma porta
                                                                       Morta…
Adiante.
Vi a fotografia do pai, Nuno Portas, nos altos do Sobe & Desce do caderno Actual do Expresso, por, em conjunto com Nuno Teotónio Pereira e Alcino Soutinho, terem sido distinguidos com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura, no âmbito do Ano da Arquitectura Portuguesa que está a decorrer.
Sinto admiração por Nuno Portas, uma pessoa tão talentosa, tão inteira, tão genuína, que parece ser tão boa gente, tão acima da mediocridade. 
Por isso, refiro apenas que, logo no dia em que o Expresso está cheio de Paulo Portas e tudo tão pouco abonatório, sempre nos Baixos, é curioso que seja, justamente, o pai, Nuno Portas, a receber a posição de destaque num dos Altos. Merece-a, sem dúvida.
Mas voltando àqueles dois, ao casalinho que se foi reconciliar passando a tarde de sábado no hotel: depois de terem andado a desgraçar o País ao longo de dois anos, por causa agora de uma birra puseram a cereja em cima do bolo: fizeram o País perder mais uns mil milhões num dia, conseguiram que os portugueses se enojassem um pouco mais com a política, confundindo a política com os seus actuais míseros agentes. E, no entanto, irresponsáveis como são, agora aí andam armados em vendedores da banha da cobra, parecendo que têm um produto novo para vender. Não têm noção. Desaderiram da realidade. Uma tristeza.
Mas como é possível o Paulo Portas voltar atrás? E  Cavaco vai nisto? É que é tudo tão surreal! As pessoas não vão ter paciência! Não sei se qualquer dia não há uma revolução...Já tarda!!!