sábado, 9 de janeiro de 2016

Cair em tentação ____(alguns incómodos)

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- Incomoda-me o facto de ter havido 7.500 portugueses que subscreveram a candidatura de Tino de Rans.
- No caso de Maria de Belém, incomoda-me a tentativa de manipulação:
"Maria de Belém quer chefes de Estado estrangeiros a almoçar em lares de terceira idade ". Por um lado tem uma certa lógica em internacionalizar e juntar pacientes com problemas de demência. Coitados dos Idosos!
Não. Não vai ser fácil contrariar a tendência do eleitorado para votar Marcelo. Não vale a pena dizer que Nóvoa é melhor ( claro que é). A Esquerda deveria unir-se. Não andem a dizer mal uns dos outros (à esquerda). Unam-se. Aguardo a todo o momento gestos de lucidez.
Et pour cause:


Simone de Beauvoir 

Né(e) à Paris , le 09/01/1908
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Nasci, às quatro horas da manhã, a 9 de janeiro de 1908, num quarto de móveis laqueados de branco e que dava para o Bulevar Raspail. Nas fotografias de família, tiradas no verão seguinte, vêem-se senhoras de vestidos compridos e chapéus empenados de plumas de avestruz, senhores de palhetas e panamás sorrindo para o bébé: são meus pais, meu avô, meus tios, minhas tias, e sou eu. Meu pai tinha trinta anos, minha mãe, vinte e um, e eu era sua primeira filha.

(Simone de Beauvoir, Memórias de uma moça bem-comportada)

Simone de Beauvoir nunca provocou grandes empatias e foi sempre objeto de discussões sem fim sobre a sua importância relativa quando comparada com a de Sartre. Mas, goste-se ou não, estava no centro do Olimpo que Paris era então – quando, no Café de Flore, toda a gente vivia envolta em fumo e Juliette Greco cantava "Il n’y a plus d’après"

Il n'y a plus d'après : Juliette Gréco - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=_6pAS3gexS8
04/01/2011 - Carregado por Jean Florenzano
Il n'y a plus d'après à Saint Germain des Prés ni ailleu


Simone de Beauvoir, a filósofa que libertou as mulheres – e os homens.
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O primeiro livro e romance de Simone de Beauvoir, publicado em 1943, com o nome de “A Convidada”, em francês "L’Invité", narra os conflitos de uma mulher de trinta anos, que funciona como um alter ego da autora.
Considerada uma de suas melhores obras, enfoca o triângulo amoroso entre Simone de Beauvoir (Paris, 1908-1986) e Jean-Paul Sartre (Paris, 1905-1980) com uma jovem que fascinava ambos, e serve para questionar o modelo burguês de casal e de família, assim como explorar os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade individual.

"não se nasce mulher, torna-se mulher".