terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Perpetuamentos___(Anne Frank)


Não me canso de voltar ao diário de Anne Frank...

Anne Frank é o símbolo de um grito dentro da escuridão do nazismo...
...UM GRITO CONTRA A INTOLERÂNCIA!!!
"Apesar de tudo eu ainda acredito na bondade humana"
(Anne Frank)
"Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casas aquecidas
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não
Considerai se isto é uma mulher
Sem cabelos e sem nome
Sem mais força para recordar
(...)
Recomendo-vos estas palavras
Esculpi-as no vosso coração"
(Primo Levi)

O diário de Anne Frank, não foi escrito como obra literária, com a ideia no público – mas ultrapassa em talento, em beleza, em dignidade humana e em profundo significado a maior parte de quanto se  publica por aí, um documento, um autentico documento humano – e, só pelo facto de existir, um protesto contra as injustiças do mundo em que vivemos.
Como disse a escritora Ilse Losa: 

"Reencontramo-nos em Anne! Sentimos a verdade, nua e crua, em cada uma das suas palavras. E é precisamente por isso, pela identidade dos sentimentos humanos, independentemente de latitudes e de raças, que esta obra ganha cunho de universalidade."

"Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta... Ao escrever sei esclarecer tudo - os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias"

A origem da desigualdade social na humanidade está diretamente ligada à relação de poder, estabelecida desde o princípio dos tempos, popularmente conhecida como a "lei do mais forte".

O Holocausto pode ser um exemplo de desigualdade social e exclusão, tendo contudo as suas particularidades. 

                                            (Casa Museu Anne Frank, Amesterdão)

"Sinto-me como um pássaro a quem cortaram as asas e que bate, na escuridão, contra as grades da sua gaiola estreita"



"Eu queria que as palavras atravessassem muros, fizessem saltar fechaduras, abrissem janelas"
 (Michel Foucault )
 ( Justificar a minha existência...)