quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quando se esperam resultados positivos muda-se a cor ao céu, a forma ao mundo, promete-se dar o que não se tem....


No caminho encontro sequelas apagadas do que já foi. Cartazes rasgados pela fúria do tempo ou outra fúria qualquer, enfeites que definham no fresco do outono, promessas feitas e mortas num Domingo, dia de descanso, à medida que as horas passavam e contavam votos que derrotavam ou elegiam a proposta criteriosa de quem prometeu a vida, porque dava jeito.
Quando se esperam resultados positivos muda-se a cor ao céu, a forma ao mundo, promete-se dar o que não se tem e matar-se de morte matada a necessidade, o desemprego, a indignidade e a exploração. Quando já não se espera nada volta tudo a ser gente outra vez, vencedores ou derrotados, e o sossego percebe-se nas esquinas dos prédios, nas caras das pessoas, na normalidade da realidade, no que não há nem vai haver.


"Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente"