terça-feira, 8 de outubro de 2013

(A tença e a teia)...mais uma tonteria de um comentador avençado do pensamento único, Miguel Sousa Tavares.


Sabe duma coisa, Miguel Sousa Tavares. A tontaria com que ontem disse na SIC que (cito de cor) "já não bastava pagar as pensões aos vivos como ainda ter de pagar as pensões dos mortos"... recordou-me um poema:

"Camões e a tença"
Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente


País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.

Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.

E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.

Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.
Este país te mata lentamente.
(SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN)




As palavras fazem toda a diferença (os genes também)
"Este" deve fazer parte da teia ...


"Primeiro-ministro apela aos economistas e comentadores que ajudem a reposicionar as expectativas dos portugueses, pois OE pode criar um novo choque".