quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A propósito do "nobre" princípio de «dar às famílias a possibilidade de escolherem a escola em que querem colocar os seus filhos»...

O Governo prepara-se para alterar de forma substancial as regras de financiamento do ensino particular e cooperativo, criando novas formas de contratualização entre o Estado e as escolas privadas. Uma das novidades é a introdução do contrato simples de apoio às famílias, o que abre a porta à introdução do cheque-ensino na escolaridade obrigatória. A medida consta da proposta de alteração ao regime jurídico do ensino particular e cooperativo, que está na fase final de discussão com os parceiros.

A propósito do "nobre" princípio de «dar às famílias a possibilidade de escolherem a escola em que querem colocar os seus filhos», vamos dar às escolas a possibilidade de seleccionarem e admitirem os filhos que querem e de quem querem. As Belas Vistas cada vez mais Belas Vistas, mais degradadas e mais no fundo dos rankings, e os Nossas Senhoras dos Rosários cada vez mais Nossas Senhoras dos Rosários, cada vez mais elitistas, cada vez mais no topo das tabelas e cada vez mais com critérios de avaliação cada vez mais subjectivos. E quem "não dá para os estudos", como se dizia nos idos de Salazar, vai trabalhar. Cada um no lugar que lhe é devido, cada qual com o estatuto com que nasceu.
Sem surpresa pois está dentro da agenda explícita ou implícita do Ministro Nuno Crato, o fortalecimento do ensino privado acompanhado de uma óbvia degradação da escola pública, a implosão de que Crato falava, é conhecida a proposta do MEC de alteração das regras de financiamento do Ensino Particular e Cooperativo. Esta alteração assenta em moldes já considerados como "muito positivo" pela Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, claro!!!...