sábado, 22 de fevereiro de 2014

Da nitidez e do cuidado...(fragmentos)


Cada um a sua sorte, a sua calçada...
Do supermercado vê-se o mundo. Creio que não será preciso ir mais longe nem subir a mais altura. Vê-se bem dali, como uma larga alegoria em que uns e outros estão representados. Cada vez mais uns do que outros.
Asa, laço, o fio da meada no fio da navalha...

Como cuidam das pessoas, os nossos queridos governantes:
 "A vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor"(Luís Montenegro).
Cuidado exige uma festa na cara, a mais pessoal das nossas partes, ou um afago na cabeça. Respira de palavras de afeto, que vive ao lado dele (do cuidado). Envolve uma preocupação desmedida, não é dado a moderações. Embrulha-se de vontade de zelo, de sentires para dar, de olhos que podem nem ver-se, estão cá dentro, implantados na presença de espírito.
(Infelizmente as flores são limitadas. À minha mercê ficam muitas vezes dadas à sorte e a regas alheias que se concedam a comparecer. E secam em escadinha, as infelizes, sem palavras de atenção, nem escritas nem faladas).
Nem sempre assim sucede...

 É claro que o cuidado externo é a vida, mas o nosso connosco também nos pode valer. E fazer viver.