terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Odeio a idolatria e superficialidade natalícia.Está frio, muito frio...


As coisas que é preciso dizer...
A distância que vai das palavras ao significado delas.
A gente que vai caindo na rua e vivem do nada.
Na verdade, não têm nada, aguentam tudo e só são notícia quando chegam as vagas de frio ou quando aparecem gratos e contentes naqueles jantares oferecidos no Natal que quase sempre compõem indecorosos espetáculos mediáticos.
São muitos, os sem abrigo, mesmo em famílias e em instituições.
São muitos, os sem abrigo no afeto, nos afetos, sem um coração que os abrigue.
São muitos, os sem abrigo em vidas que lhes não pertencem mas carregam. São muitos, os sem abrigo no aceder e no gostar das coisas de que a vida também se tece.

Há também os que vivem "DOS DESABRIGADOS DO MUNDO"! Essa é que é essa!
Também existem Pessoas muito Grandes.
Odeio a idolatria e superficialidade natalícia. 
José António Pinto é uma dessas Pessoas, não tanto pelo gesto de recusa da medalha mas pela incansável e desigual luta diária pelos direitos e dignidade das pessoas, atropelados, justamente, pela gente pequena que decide.