sexta-feira, 31 de maio de 2013

«O berço baloiça por cima de um abismo e o senso comum diz-nos que a nossa vida mais não é do que uma brecha de luz entre duas eternidades de treva.»

(a mário de sá-carneiro)


Há dentro de nós
sempre a balouçar
um balouço, voz
sem poder gritar.

P'ra um lado o fim,
o abismo, precipício...
N'outro a vida assim
(ou só um indício):

Sempre igual, igual...
Cada um calado,
sabendo o seu mal.
Não ser desejado...