segunda-feira, 27 de maio de 2013

Eu prefiro pensar sem destino. E se as águas do riso forem tépidas e a brisa que me leva for suave, não tenho qualquer pressa de chegar.

 Nestas matérias, tudo o que faço é derivar ao sabor da corrente, sem jamais ter opinião certa.
 Brisa contínua.... 

 Hípias!!!...                                                                                                                                                     
Gosto da ideia de derivar ao sabor da corrente, sem jamais ter opinião certa ou de deixar a razão ser levada pela brisa. Significa isto ser céptico, niilista, decadente ou alguma forma de alienação ou alheamento? Não. Significa que conhecemos apenas o ponto de partida mas sem conhecermos previamente o ponto de chegada. Os pontos de partida são de grande frescura intelectual mas os pontos de chegada previamente direccionados são perigosos, ainda que justificados pela razão.
O mundo já está suficientemente cheio de pessoas que concordam demasiado consigo mesmas. Com as suas religiões, as suas doutrinas, as suas ideologias, os seus ismos. Com as suas certezas tão típicas de quem acredita que a direcção do vento ou a corrente do rio é sempre igual.

Eu prefiro pensar sem destino. E se as águas do riso forem tépidas e a brisa que me leva for suave, não tenho qualquer pressa de chegar.