quarta-feira, 29 de maio de 2013

Não te cumprimento "servidão"....

A criatividade linguística foi elevada, à extenuante "servidão"....
Fecho-te a porta como um símbolo de  revolta.....
Servidão, palavra que convoca para o meu cérebro a imagem de multidões de servos, as multidões de escravos dos tempos modernos que nada têm de moderno, e que fazem fila para serem comprados, e que competem entre si para ser comprados: oferecendo mais, mais trabalho, mais competências, mais conhecimentos, mais esforço, mais tempo, mais produtividade, por menos, menos remuneração, menos direitos, menos tempo, menos vida, porque são apenas um produto que tem que se vender; palavreado bonito - eufemismos - para dizer exploração, escravatura.
É verdade que Paul Krugman não vive por cá e por isso, provavelmente, não entende que a situação que vivemos não é, na verdade, um pesadelo de que se acorda assustado e angustiado mas que em seguida percebemos que tudo não passou … de um pesadelo. Não é assim.
O drama é que a situação para milhões de portugueses é a vivência diária de um pesadelo de que se não vislumbra o fim e, de vez em quando, acontece um sonho com um futuro melhor que aparentemente não passa disso mesmo ... um sonho.