sexta-feira, 14 de junho de 2013

Caminho na mó de baixo...

Outros há, de certeza, com afazeres diferentes e idades mais conformes ao optimismo, mas nos últimos dias, os que lá do alto nos espiam e regem, têm-se particularmente divertido, não a pôr-me doente, mas a deixar-me num cansaço em que todo o esforço parece demasia, toda a obrigação um pesadelo, cada ritual uma ladeira a subir.
Viro-me então para os deuses e pergunto: que raio têm eles que a nós, a mim e tantos milhões, foi negado? Rezam com mais fé? Queimam melhor incenso? Nasceram em signo ascendente?
Resumindo: vai para uma semana que, de corpo e espírito, ando na mó debaixo...
A impressão que tenho é de que, sentadas em confortáveis nuvens, as divindades se piscam o olho, assustam-me e, como se não bastasse, apontam-me, gozam a molestar-me com tanta fama à minha volta.