Não, não vou falar do pio do mocho sobre o cipreste ou da luminosa e ancestral lua ofuscada por nuvens escuras que a afogam nas trevas.
As andorinhas também estão de partida...
Desde pequena me habituei a conviver com andorinhas. Faziam ninho e reproduziam-se no beiral lá de casa.
Todos os anos me encanto com a sua presença, até que partem e me deixam com a promessa de um regresso.
"O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" foi um dos livros que me marcou . Escrito por Jorge Amado que o dedicou ao seu filho Jorge conta a história de um gato que se apaixona por uma andorinha causando estranheza em todos os outros animais que habitavam um parque. A Andorinha está prometida ao Rouxinol mas, ao mesmo tempo, incentiva o amor do Gato. Acontecem juras, o Gato escreve poemas, eles passeiam juntos enquanto as outras personagens condenam o amor impossível. O Verão passa rápido, mais rápido que os ponteiros do relógio, pelo menos para os personagens porque foram felizes.